pq e que o amor faz-nos sofrer tanto?!






depois de tanto tempo a esperar, depois de tanto tempo a recear, depois de tanto tempo e suspirar, depois de tanto tempo a aturar, depois de tanto tempo a amar. tempo pena, tenho medo, tenho receio mas tenho de dizer que custa-me assim.. ás vezes melhora, outras vezes piora, mas é mais o tempo que está mau do que o que está bom. tenho de admitir que não está assim tão mau, mas já esteve muito pior e também já esteve muito melhor.arrependo-me constantemente daquilo que faço, não sei, eu penso mais de duas vezes naquilo que vou fazer a seguir, e só quando tenho a certeza, quando peço alguns concelhos é que sigo em frente com essa coisa, mas há uns tempos tenho-me vindo a arrepender de tudo praticamente, já nada corre como corria.antes andava sempre com um sorriso na cara, ficava orgulhosa daquilo que fazia, sentia-me a pessoa mais feliz do mundo, mas na realidade nada é para sempre, e como toda a gente também tenho de entrar naquela maré de azar que todos nós tememos a nossa vida inteira, bem, chegou a minha vez, mas sinceramente estou um bocado farta, já está a permanecer demasiado tempo, e já não sei que mais hei de fazer para voltar a ser feliz. estou farta de ouvir que a felicidade é a certeza de que a nossa vida não está a acontecer inutilmente, mas neste momento eu tenho a certeza que a minha está a passar inutilmente.mas na verdade mais vale as lágrimas da derrota do que a vergonha de não ter lutado, eu lutei, não posso dizer que não lutei contra esta fase da minha vida, mas pelos vistos foi em vão, e agora cheguei ao limite, estou sem forças para continuar e não vale a pena lutar contra aquilo que sei que é inevitável. arrependo-me de talvez nunca te ter dito mais vezes amo-te , de não ter semeado tantos abraços quanto aqueles que queria.a vida às vezes prega-nos muitas partidas. sinto-me meio perdida neste momento, não sei bem por onde começar, não sei sequer como acabar, neste momento caí, sinto-me fraca sem forças para continuar, certas coisas da vida, murmuro às paredes tudo aquilo do quanto tenho medo, tudo aquilo que receio, mas tenho medo.há pessoas que entram na nossa vida por acaso, mas não é por acaso que elas lá permanecem e a conquistam sem nós darmos por isso e mesmo sem querer-mos que isso aconteça. na vida existem dois tipos de pessoas, aquelas que perdem tempo a criar sonhos e aquelas que fazem dos sonhos realidade e tu conseguiste tornar muitos dos meus sonhos em realidade, mesmo que por pequenos que fossem, tu tornaste-os reais.se um dia pensares que não és ninguém no mundo, lembra-te que podes ser um mundo para alguém. queria encontrar-te sem ter de fechar os olhos mas os dias passam e parece que nunca mais te volto a ver... parece que o tempo se lembrou de passar cada vez mais devagar e não me deixa voltar a estar contigo. só tenho pena de não ser dona do tempo, porque houve momentos que, se pudesse, teria vivido mais vezes ou mais devagar, como quem saboreia um chá de menta, ao fim da tarde, no largo da Igreja a ouvir os sinos. e como escrever é a melhor forma de falar sem ser interrompido, digo-te agora e sem rodeios, fica comigo mais uma vez, vem rir do mundo e adormecer nos meus braços, abrir o teu coração e sonhar acordada, vem ter comigo hoje, porque eu quero lançar outra vez os dados e aposto que vai dar seis e seis outra vez, porque os dados nunca se enganam e a amizade é o amor sem preço e sem prazo de validade.o que eu quero mesmo é que sejas feliz. não sei se sabes, talvez não tenhas tido tempo para perceber que para mim sempre foi e será isso o mais importante, mesmo que a vida te leve para outros caminhos e que sem sequer voltes a cruzar-te comigo.há alguns anos que aprendi a amar assim e sei que as pessoas que partem são aquelas que amo e que por isso tenho de as deixar ir, mesmo que isso me deixe vazia e cansada. aprendi a deixar partir as pessoas porque sei que nascemos e morremos sozinhos, que tudo o que é realmente importante na vida descobre-se e aprende-se na solidão. e que por mais que te ame e te queira proteger com os meus braços sei que é inútil e que só sei que é inútil e que só tu podes crescer e descobrir o que é mesmo importante para ti.o nosso amor, aquele que o tempo, ou a vida, ou o medo, ou a falta de sorte não deixam construir, está guardado para sempre. talvez um dia sirva para alguma coisa, para fazer feliz alguém, como eu já te fiz a ti e tu a mim, num tempo fora de todos os tempos em que eras tu que estavas comigo e não uma imagem à tua semelhança que inventaste para enganar o tempo e o mundo. s vezes mais vale desistir do que insistir, esquecer do que querer, arrumar do que cultivar, anular do que desejar. no ar ficará para sempre a dúvida se fizemos bem, mas pelo menos temos a paz de ter feito aquilo que devia ser feito, as vezes é preciso mudar o que parece não ter solução, deitar tudo abaixo para voltar a construir do zero, bater com a porta e apanhar o último comboio no derradeiro momento e sem olhar para trás, abrir a janela e jogar tudo borda fora, queimar cartas e fotografias, esquecer a voz e o cheiro, as mãos e a cor da pele, apagar a memória sem medo de a perder para sempre, esquecer tudo, cada momento, cada minuto, cada passo e cada palavra, cada promessa e cada desilusão, atirar com tudo para dentro de uma gaveta e deitar a chave fora, ou então pedir a alguém que guarde tudo num cofre e que a seguir esqueça o segredo. as vezes é preciso saber renunciar, não aceitar, não cooperar, não ouvir nem contemporizar, não pedir nem dar, não aceitar sem participar, sair pela porta da frente sem a fechar, pedir silêncio e paz e sossego, sem dor, sem tristeza e sem medo de partir. e partir para outro mundo, para outro lugar, mesmo quando o que mais queremos é ficar, permanecer, construir, investir, amar. porque quem parte é quem sabe para onde vai, quem escolhe o seu caminho e mesmo que não haja caminho porque o caminho se faz a andar, o sol, o vento, o céu e o cheiro do mar são os nossos guias, a única companhia, a certeza que fizemos bem e que não podia ser de outra maneira. quem fica, fica a ver, a pensar, a meditar, a lembrar. até se conformar e um dia então esquecer. o tempo passa, acaba sempre por passar, mesmo quando os dias se prolongam numa agonia vã e estéril, mesmo quando a cada manhã que se acorda e se pensa que é impossível chegar ao fim daquele dia. quando se ama alguém, tem-se sempre tempo para essa pessoa. e se ela não vem ter conosco, nós esperamos. o verbo esperar torna-se tão imperativo como o verbo respirar. a vida transforma-se numa estação de comboios e o vento anuncia-nos a chegada antes do alcance do olhar. o amor na espera ensina-nos a ver o futuro, a desejá-lo, a organizar tudo para que ele seja possível. é mais fácil esperar do que desistir. é mais fácil desejar do que esquecer. é mais fácil sonhar do que perder. e para quem vive a sonhar, é muito mais fácil viver. somos nós, com os nossos passos, que vamos fazendo o nosso próprio caminho. há quem corra demasiado depressa e perca a alma no trajecto, há quem mude de ideias e arrisque um atalho, há quem não saiba escolher a melhor direcção quando chega a uma encruzilhada, há quem deixe pedras pelo caminho para não se perder, se precisar de voltar para trás. não sei que espécie de caminhante sou, para onde vou, não sei. nem sei para onde vais. nem tu sabes. pode ser que um dia acordes com uma luz nova, uma força desconhecida que te vai trazer até mim… sei que há uma força estranha que me faz correr para ti, embora nunca, em nenhuma circunstancia, corra atrás de ti, porque não posso, não me é permitido interferir no teu destino e mudar o curso da tua vida. isso, terás que ser tu a fazê-lo, por ti e para ti, se assim o entenderes.desculpe-me se os pensamentos são críticos, a sinceridade não me deixa domá-los.aprendi muito cedo que, sempre que dependo de alguém para ser feliz, acabo por me dar mal.se o amor é um sentimento tão bom, então porque que ele nos faz sofrer tanto?! amo-te é simples ♥

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